sexta-feira, 25 de maio de 2012

O que você quer!


Encosta teu corpo no meu e, nus, o suor nos cola em um único ser;

Morde meu braço e eu o teu pescoço;

A baba escorre por entre nossos corpos como se nossa fome fosse eterna;

Geme alto e não pare! Soa como música aos meus ouvidos;

Retorce o corpo e meche-o como uma cobra que rebola em meio à relva;

Puxo o teu cabelo e faço aquilo que desejas;

De maneira recíproca, nos subjugamos aos desejos do outro;
Pouco a pouco nos vemos devorados pelo cansaço e pelo esforço de um tentar agradar o outro;

É um jogo de dar e receber beijos, abraços, mordidas e prazer;

É um jogo onde ninguém sai perdedor, mas também ninguém sabe o que é vencer;

Não se tem um ponto final, nem um continuando, apenas uma enorme reticencias nos mostrando que falta muito para chegarmos a um fim que não existe;

Porque eu sei quando “acabarmos”, vamos um olhar para a cara do outro e sem palavras, sem pedidos e sem cerimônias, vamos começar tudo de novo;

Eu quero mais é a carne, o suor, o gemido;

Eu quero mais os olhos abertos e as pupilas dilatadas, as marcas de dentes e o roxo que a boca deixa como marca;

Em meio às ordens do dia-a-dia, do cotidiano, eu quero o caos em nossa cama-morada.

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