Encosta teu corpo no meu e, nus, o suor nos cola em
um único ser;
Morde meu braço e eu o teu pescoço;
A baba escorre por entre nossos corpos como se nossa
fome fosse eterna;
Geme alto e não pare! Soa como música aos meus
ouvidos;
Retorce o corpo e meche-o como uma cobra que rebola
em meio à relva;
Puxo o teu cabelo e faço aquilo que desejas;
De maneira recíproca, nos subjugamos aos desejos do
outro;
Pouco a pouco nos vemos devorados pelo cansaço e pelo
esforço de um tentar agradar o outro;
É um jogo de dar e receber beijos, abraços, mordidas
e prazer;
É um jogo onde ninguém sai perdedor, mas também
ninguém sabe o que é vencer;
Não se tem um ponto final, nem um continuando,
apenas uma enorme reticencias nos mostrando que falta muito para chegarmos a um
fim que não existe;
Porque eu sei quando “acabarmos”, vamos um olhar
para a cara do outro e sem palavras, sem pedidos e sem cerimônias, vamos
começar tudo de novo;
Eu quero mais é a carne, o suor, o gemido;
Eu quero mais os olhos abertos e as pupilas dilatadas,
as marcas de dentes e o roxo que a boca deixa como marca;
Em meio às ordens do dia-a-dia, do cotidiano, eu
quero o caos em nossa cama-morada.
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